quarta-feira, 18 de maio de 2011


Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos,
como um deus e amanheço mortal.
E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim
ver que toda essa procura não tem fim.
E o que é que eu procuro afinal?
Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal, o que não pode ser dito,
afinal ser um homem em busca de mais, de mais...
Lenine - O silêncio das estrelas.

domingo, 15 de maio de 2011

male molência


Hoje a malemolência foi bem-vinda à esse domingo. Passei o dia todo dormindo, acordava, olhava pela janela, sentia aquela brisa fria tocar meu rosto, observava o céu cinza e ia aos poucos caindo no sono novamente. E assim o dia seguiu
Às vezes a vida merece um pouco de descanso e, então, devemos deixar o sono nos levar à ermo para algum lugar desconhecido. É tão gostoso, tão leve.
Três coisas que eu gostaria nesse domingo:
  • Alguém para ficar abraçadinha;
  • Um filme bom;
  • Chocolate.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

História de Luiza e uma casa

A porta de Luiza quebrou, é uma porta de madeira com décadas, cupins devoraram. Com o passar das semanas a janela de Luiza quebrou, é uma janela de madeira com décadas, cupins devoraram. As paredes de Luiza começaram a rachar, parede de tijolo com décadas, infiltrações odiosas! O teto de Luiza começou a se degradar, teto de madeira com décadas, cupins famintos! O piso de Luiza começou a desfazer, piso de décadas, maldito solo! Maldito tempo!

Luiza cantou melancolicamente:
Mas era feita com muito esmero,
Na rua dos bobos, número zero.

E a melancolia foi embora. Velha máxima: Quem canta os males espanta. Luiza olhou ao seu redor e viu que o seu teto agora era um céu estrelado noutras vezes tinha apenas uma estrela dourada. Suas paredes era por onde o vento seguia. Não há mais portas, ela se sentia livre e deixava as pessoas livres para entrarem quando quisessem. Sua janela agora é imaginária, a sorte está livre para tocar Luiza, os ventos bons agora entram na essência de Luiza sem precisar de janelas. E o piso? Agora é pés descalço vagueando por terras molhadas, gramas. Agora ter tapete na porta de casa não faz mais sentido.


Breve agradecimento


Levei um susto quando vi 10060 visitantes no meu blog. Um susto mesmo. Acho que não estou acostumada com mais um digito no meu contador.

Eu queria agradecer à todos vocês, leitores. Este blog sempre teve o foco: me expressar. E saber que vocês o lêem me faz chegar a uma conclusão: todas as pessoas são interessantes, tem ideias interessantes, ótica de mundo interessante, vidas que por mais que aparentam comuns o que há dentro da cabeça e do coração das pessoas transcende o típico. E para mostrar isso basta encontrar alguma maneira de se expressar.

Punhado de egocentrismo de quinta

Nunca senti que eu depertava nas pessoas o amor, interesse, erotismo, qualquer coisa que deriva disso. Recentemente, em alguma dessas semanas foi que me convenci que nenhuma outra mulher poderia me substituir ou ser melhor que eu, mesmo que só eu acredite nisso. Hoje parei para refletir:

Pessoas tiveram que gastar dinheiro em conta de telefone por mim; pessoas tiveram o trabalho de me escrever cartas; me mandar presentinhos pelo Sedex; atravessando o oceano por mim.

É, eu acho que tô valendo muito. Mas é um valor batalhado, sabe?

sábado, 7 de maio de 2011

Eu vejo duendes


Aqui no norte estamos no inverno, intensas chuvas e época de jambo. Bem, ao acordar pela manhã tenho me deparado com fortíssimas chuvas, então, pego o meu guarda-chuva e vou até a parada do ônibus mas por esse caminho eu encontro coisas peculiares muito engraçadas.

Sim, duendes! Verdes e de orelhas pontudas? Não, não. Esses duendes que eu vejo são mais modernos, tem variedades de cores, com a cabeça pontuda, corcundas, pequeninos, eles só aparecem em dias de chuvas e caminhando com passos atentos para um destino chamado Escola.

Eles alegram minha manhã cinza com suas cores, me tiram sorrisos e prendem minha atenção enquanto espero debaixo de um guarda-chuva ociosamente o ônibus.