sábado, 25 de junho de 2011


Princesa, surpresa, você me arrasou.
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou.

Confesso que, esse troço de paixões acaba comigo. Sinto-me tão envergonhada.

sábado, 18 de junho de 2011

Algo para se refletir, Elza


Paul – Holly, estou apaixonado por você.
Holly – E daí?
Paul –E daí?! E daí muita coisa. Eu a amo. Você me pertence.
Holly – Não. As pessoas não se pertencem.
Paul – Claro que sim.
Holly – Ninguém vai me pôr em uma jaula.
Paul –Não quero colocá-la em uma jaula. Eu quero amá-la.
Holly – É a mesma coisa.
Paul – Não é não. Holly…
Holly – Não sou Holly. Não sou nem Lula Mae. Não sei quem eu sou. Sou como esse gato. Somos dois coitados sem nome. Não pertencemos a ninguém e ninguém pertence a nós. Nós nem sequer pertecemos um ao outro
(…)
Paul –Sabe qual é o seu problema, Srta. Quem-quer-que-seja? Você é medrosa. Não tem coragem. Tem medo de encarar a realidade e dizer “A vida é um fato. As pessoas se apaixonam sim e pertencem umas às outras sim, porque esta é a única chance que têm de serem realmente felizes”. Você acha que é um espírito livre, selvagem e morre de medo de ser enjaulada. Bem, querida, você já está nessa jaula. Você mesma a construiu. E ela não fica em Tulip, Texas ou em Somaliland. Ela está em qualquer lugar que você vá. Porque não importa para onde você corra, você sempre acaba correndo de si mesma.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

E quando acaricio a cabeça do meu cão,
sei que ele não exige que eu faça sentido ou me explique.
clarice l.

Condenada

- Ela é tão livre que um dia será presa.
- Presa por quê?
- Por excesso de liberdade.
- Mas essa liberdade é inocente?
- É. Até mesmo ingênua.
- Então por que a prisão?
- Porque a liberdade ofende.
Clarice Lispector

quarta-feira, 8 de junho de 2011

''Não sei, mas sinto uma força que embala tudo''

Alguém amansou minha alma, só pode... Se eu pudesse sair abraçando todo mundo na rua, eu faria. Ôh coisa boa! Ôh coisa doida! Ôh vida!









Vontade forte de ir correndo e bater na casa da Carol,
saudar a Jhécka com sorvete de mil sabores,
ver o Arthur chegando despenteado,
rir das expressões do Denner,
malinar da Laianne
e pular em cima do Ramon sempre desengonçado.
Seus feios, por onde vocês andam?

''Eu quero nascer, quero viver''


Sabe, hoje o dia nasceu bonito. O sol está quente. As pessoas menos sisudas, mais sorridentes. Uma sensação tremenda de que vem coisa boa e que nada segura, vem como um furação, deixando-me sem fôlego e sem medo. Ando feliz, e você?

E o entusiasmo que, outrora não esteve ao meu lado, hoje em dia vejo dentro de mim.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Mafaldices

De repente, me sinto um Beethoven. Não pela sua genialidade, mas pelos seus defeitos mais descarados. Surdez, brutalidade... Toque uma Für Elise prá nós.
Sei da família que eu tenho. Reconheço suas virtudes, seus vícios, suas diferenças, seus hábitos, sua história.
E eu a amo mais que tudo na vida. Embora nem sempre demonstre meus sentimentos,
espero que sejam cientes qu
e eu os amo. Tanto. Obrigada por tudo, família.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Lonely day

A solidão nunca me incomodou. Semprei vaguei sozinha pela cidade, faculdade, cinemas, lanchonetes, palestras. Mas existe um dia em que não se quer ficar só, precisa-se de alguém mesmo que seja só para ficar olhando para sua cara sem graça. Sei lá. Incrivelmente, precisamos estar com alguém. Ontem foi um desses dias... Fiz esforço, criei coragem, fiz convites. E ninguém pode ir ao meu encontro. Mesmo com um ouvido tapado, gripada, desengonçada mais que de costume, eu queria ter tido uma companhia. De qualquer modo, fui ao cinema, ao chegar lá comi demasiadamente. Dica: comida mata carência. Ao perambular pelo shopping, desejar sapatos da vitrine e apreciar suas decorações para dia dos namorados, imediatamente me lembrei de uma frase de um filme que faz muito sentido para mim:
"O dia dos namorados foi inventado pelas indústrias de cartões
para fazer as pessoas se sentirem um lixo"

Concordo.
O filme foi ótimo. A fila era extensa, estava no finalzinho, ao entrar na sala, os melhores lugares estavam ocupados, sentei perto do telão. Perguntei a um homem de meia idade:
- Este lugar do seu lado está ocupado?
- Não.
E lá me sentei. Reparei que aquele homem de meia idade também estava só, como eu. Não, não o flertei e nem recebi flertes. Apenas me senti menos sozinha estando ao lado de alguém tão sozinho quanto eu.

sábado, 4 de junho de 2011


Hoje uma pessoa que eu recentemente conheci me deu um conselho:
Ame! Ame sua vida. Ame as pessoas. Ame o mundo.
Ame o ar que você respira e um pouco mais.
E busque Deus em todas as coisas, não de forma religiosa,
apenas busque!


Foi algo tão verdadeiro. Obrigada.

Algo a ser confessado


Ando contente de estar assim com você, maninho. Você está me fazendo mais que irmã, e sim, amiga. Conversa comigo sobre seus problemas, aflições, amores, planos, esquemas com as paqueras. Isto nunca foi feito antes. Talvez só agora eu esteja madura para te ouvir e não julgá-lo, muitas vezes só te ouvir, escutar seus desabafos, até arrisco a dar conselhos. Sei lá, ultimamente estamos assim, unha e carne. Cê é alguém que eu admiro, do qual me orgulho por ser assim... ter caráter, coração de ouro, coragem de outro mundo; pode vir para o meu ombro, dar um grito que eu vou correndo acudi-lo. Te amo, mano.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

''E as paredes do meu quarto vão assistir comigo
a versão nova de uma velha história''

E voltava para casa ouvindo Cazuza, estava naquela sensação de transe de ver as gotas da chuva escorrendo pelo vidro enquanto me concentrava em cada verso da música. Me deparei com este trecho, fiz uma breve reflexão sobre mim e as coisas que me acontecem. O que muda são as pessoas e as palavras, às vezes nem isto. É um ciclo vicioso de vida: elogios; telefonemas; juras de amor; encontro; partida. Eu estou ficando entediada dessa programação. Vou zapear por outros canais.

O que me dar uma noite de amor


Em uma bela noite, tipicamente o teclado na cama, minha mãe visita o meu quarto:
- Ah... Que preguiça de guardar o meu teclado - manhosa reclamo.
- Não é preciso guardá-lo, apenas afasta-o para parede - responde a minha mãe já afastando-o para o canto da cama.
- Não, tudo bem, vou guardá-lo sim.
- Não, não, deixa-o assim.
- Então, tá bem...

É, a minha mãe já sabe do caso de amor que estou tendo com o teclado e ela está incentivando.