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Meses se passaram desde aquela noite entediante e nada especial, mas há algo nela que sempre me recordo: um beijo. Aliás, foi o meu último.
Segurou meu rosto com as duas mãos, imediatamente fechei os olhos, como se eu fechasse para não ser cúmplice do seu crime; beijou meu rosto, o canto da boca, logo, invadiu a minha boca com a sua língua e, é bizarro, senti parte daquele estranho; ignorou meus movimentos amadores e desengonçados, penso: ainda bem!; segurou com os dentes o meu lábio inferior e beijou-o como se saísse mel, mas na verdade, roubava de forma vigaristas minhas forças, pois sentia, ao menos por dentro, meu corpo ou alma se contorcer e enfraquecer.
Nem sequer recordo do rosto desse estranho e nem o nome, acho que sou egoísta, só lembro da sensação boa que me ocasionou.
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