Sinto como se eu tivesse iniciado uma maratona em 01/01/2022.
Uma corrida para chegar em Lisboa o mais rápido possível,
para reencontrá-lo o mais rápido possível,
para realizar esse sonho antigo.
Um semestre difícil, uma corrida íngreme, exigiu muito de mim: emocional, financeiro, físico, mental.
Agora tão perto da linha de chegada, ainda tenho os obstáculos que fazem de tudo para me derrubar, me fazer desistir, perder a alegria, dissolver meu entusiasmo, desencadeia dúvidas e medos, e mais coisas para planejar.
Será que valerá a pena passar por tudo isso?
Meu autosacríficio será recompensado com lágrimas? Não me parece justo.
Sinto o cansaço. Aquele cansaço que bate na última volta da pista, perto do cume, a um passo da linha de chegada. É o genuíno cansaço.
Não tenho disposições para brigas, para confusões amorosas, para me envolver na teia da complexidade do outro. Não quero entender por ora, nem questionar.
Desejo profundamente o descanso.
Não quero pensar, não quero planejar, não quero analisar. Quero apenas respirar e contemplar.
Uma pausa.
Um freio.
Um sono.
Uma paisagem.
Um momento.
O meu momento.
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