Eu recebi um choque da realidade, mas é um choque que não é inédito.
É algo que se repete. Talvez eu não tenha aprendido a lição, e por isso se repete.
No entanto, minha reação é diferente. Pela primeira vez eu sinto coragem o suficiente para olhar pra mim, de modo integral, a luz e a sombra de mim. Profundamente, intensamente.
Percebo a aventura complexa e difícil que é lidar com meu próprio Eu. Quero fazer, agir e pensar diferentemente do que fui condicionada por todos esses anos.
Há 1 mês, eu desejava segurança, estabilidade, previsibilidade, por medo... Medo da mudança e do desconhecido. Medo de encarar a realidade diversa e a minha versão perdida no meio.
Empreendi em uma navegação ao oceano do desconhecido, literalmente. O oceano atlântico, um continente desconhecido, um país em branco. Mas também no oceano desconhecido em mim. O descobrimento é certo, mas o que será? Não sei, apenas desejo conhecer, desbravar, compreender.
Eu quero o novo.
Eu quero a ousadia dos descobridores portugueses. O comprometimento com o meu Eu, independemente do que eu encontrar.
Quero o melhor de mim. O melhor do novo. A coragem para mudança. A solidez emocional e material. A sabedoria para trilhar o caminho do meu universo, em que o meu tempo seja bem utilizado e os benefícios compartilhados.
Quero sair da caverna de Platão, da escuridão, da familiariedade e conforto.
Quero a luz sob tudo: o feio e o belo.
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