Ela entrou na igreja no meio da tarde, fazia tanto tempo que não fazia isso que nem lembrava-se da sensação de ser observada pelas estatuetas e pinturas. Sentou-se, observou e começou um diálogo com Deus, onde houve pedidos de desculpas, deixou Deus a par dos seu intento e pediu para que ele não se esquecesse das pessoas que sentem fome, sede e dor pelo mundo afora.
Ali, sentiu-se bem e diferente, achou esse diálogo diferente. Quase todas as noites, quando reza, imagina um homem grande, com a barba longa e grisalha, sentado, olhando-a de modo severo. Ensinaram que ela deve temê-lo, pois ele castiga e manda para inferno. Isso sempre a assustou, sempre. Não sentia amor, nem sequer confiança ou paz, e sim medo. Esses pensamentos aos poucos se desfaz, depois de muito observar, ler, e, principalmente, sentir; mas isso é segredo, pois se souberem que ela não o teme mais irão chamá-la de herege. Ela está de bem com Deus, o vê como amigo, um bom ouvinte, que acolhe os seus filhos, dá-los paz e perdão.
No instante que, começou a livrar-se dos medos, notou algo singular, dentro dela inundava-se de luz, lembrou-se do Evangelho: ''O reino de Deus está no homem.''
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