É nesse tom, nessas cores sujas e borradas está o que procurei inutilmente dentro da caixa no vácuo de mim? Oh, céus, o que na verdade procuro? Nada me sacia, meu amor. Nada toco, meu amor. Nada dura. Não quero encontrar um futuro vivendo entre pílulas anti-depressivas e a consulta do analista. É nessas horas que tenho vontade de ir a igreja e conversar com um padre, ou pegar uma linha de ônibus que nunca havia pego antes e parar em uma parada distante. E talvez, ouvir de um estranho ''que horas são, moça?''.
Nem sempre preciso existir, mas vez enquando é bom.