sábado, 5 de fevereiro de 2011

Então me vens e me chegas e me invades e me tomas
e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com
teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar.
Novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências,
e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim
calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto
me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada
promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar
além dessa máscara colorida, que me queres assim porque
assim que és…

Caio F.

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